segunda-feira, 27 de abril de 2009

Behaviorismo e Educação

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
PSICOLOGIA
PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO
7º PERÍODO – MANHÃ






BEHAVIORISMO E EDUCAÇÃO


ALESSANDRA BELMONTE
DANILE BASTOS
IGOR TEIXEIRA
ISABELLA S. SANTOS
KERLLEN DE OLIVEIRA
LAÍS CURY
SAULO COSTA












BELO HORIZONTE
MARÇO/2009
BEHAVIORISMO E EDUCAÇÃO

Apresentar as contribuições do behaviorismo dentro dos processos educacionais, fazendo um paralelo entre psicologia e educação é o que propõe este trabalho. Para o desenvolvimento deste utilizaremos os preceitos skinnerianos dando enfoque ao instrumento fundamental de modelagem que é o reforço, mostrando como este se aplica dentro da educação, assim como os demais conceitos trabalhados por este teórico.

Na década de 30, Skinner propõe estudos de animais, (ratos e pombos), a fim de descrever as leis que controlam o comportamento de qualquer ser vivo, inclusive o homem. Segundo Carmo (2003) que interessava para Skinner era a observação e o registro de uma resposta, produzindo assim uma mudança no ambiente. Era importante verificar a freqüência com o que aquele comportamento aconteceria de acordo com a mudança ambiental produzida.

Para Silva (2005) “Skinner considera aquilo pode ser observável, portanto se refere a uma psicologia em que as condições do meio (estímulos) se associam e afetam as respostas do organismo”. Podemos pensar, portanto que a aprendizagem é uma associação entre estímulos e respostas.

Baseando-se na abordagem behaviorista o comportamento operante é um comportamento apreendido através de associações dentro de um contexto complexo que se estabelecem em todas as relações sociais. É a psicologia viu no sistema educacional um amplo terreno para o seu crescimento.

O reforço é uma das formas de se instituir um comportamento. Logo após a resposta dá-se o reforço para um aumento da probabilidade da incidência do comportamento em questão. Há dois tipos de reforços: o positivo e negativo.

O reforçamento positivo ocorre quando a presença de um estímulo aumenta a possibilidade de determinada resposta, por exemplo, na sala de aula, quando um aluno dá uma resposta correta a professora o elogia. O reforço negativo é quando há ausência de um estímulo e este fato faz com que aumente a probabilidade do aparecimento da resposta, isso se exemplifica quando um aluno, na ausência de notas boas, ele passa a emitir um comportamento de estudar.
Na educação, o behaviorismo é um fator a ser considerado, uma vez que o comportamento dos alunos é uma resposta ao ambiente e nessa visão todo comportamento pode ser aprendido. Portanto, o professor deve construir um ambiente em que o comportamento correto do estudante seja reforçado.

Segundo Azevedo (2008) Skinner apontou alguns princípios importantes para um ensino de qualidade: 1- clareza sobre que comportamento se deseja ensinar e quais habilidades e conceitos que os alunos devem dominar; 2- a necessidade de ser apresentado reforçadores imediatamente após a emissão de um comportamento que se queira fortalecer; 3- o uso do princípio de subdividir o conhecimento em pequenos passos, o professor dá inicialmente o máximo de ajuda ao aluno e diminui gradualmente; 4- para aprendizagens mais complexas, deve-se ao mesmo tempo descrever cada passo necessário para a execução.

Existe também segundo Skinner o controle aversivo. Para Azevedo (2008) o ato de expor o aluno a constrangimento moral, crítica, retirada de privilégios, pode ser chamado de controle aversivo. Esses acontecimentos podem causar prejuízos no aprendizado, pois o aluno irá trabalhar, no inicio, para fugir da estimulação aversiva, no entanto com o tempo ele poderá descobrir outros meios de esquivar, como por exemplo, chegando atrasado, ou não prestando atenção, tornar-se agressivo e recusar a obedecer e ate mesmo abandonar os estudos quando adquirir o direito legal de fazê-lo. No campo da aprendizagem escolar Skinner tentou demonstrar que, mediante ameaças e castigos se conseguem resultados positivos menores do que com o reforçamento positivo.

Com o intuito de suprir as dificuldades encontradas para na educação, Skinner propôs as chamas maquinas de aprender, que segundo Azevedo (2008) é “Baseadas em estímulos que provocam respostas, seguidas, caso a resposta esteja correta, de uma compensação (passagem ao estágio seguinte, por exemplo) permite a interação aluno/professor mediada pelo equipamento”.

Há varias criticas a respeito do Behaviorismo entre elas a mais importante segundo Batista (2003) é a ineficiência do analista do comportamento em comunicar o que sabe, utilizando-se de palavras técnicas que muitas vezes são desconhecidas pelos professores atuantes. O autor cita também, a respeito do Behaviorismo possuir uma visão mecanicista de homem.
Bibliografia:

AZEVEDO, Quitéria Medeiros; LIMA, Lívia Ferreira; SILVA, Adalberto Tavarez. Teoria da aprendizagem e ensino das ciências. 2008

BATISTA, Marcelo Quintino Galvão; CARMO, João dos Santos. Comunicação dos conhecimentos produzidos em análise do comportamento: uma competência a ser aprendida? Estudo de Psicologia. Natal, Vol. 08, 03. Natal SEP./DEC. 2003

RODRIGUES, Maria Ester. Behaviorismo: mito, discordâncias, conceitos e preconceitos. Revista de Educação Educere at Educare. Vol.01 nº02 jul/dez. 2006

SILVA, José Emanuel. Um berço para o homem e o legado skinneriano na educação: do behaviorismo a um novo paradigma para a sociedade do conhecimento. Instituto Politécnico da Guarda. 2005

WEBER, L.N.D. (2002). Conceitos e pré-conceitos sobre behaviorismo. Psicologia Argumento, 20(31), 29-38.

Transpessoal e Educação

A Psicologia Transpessoal surge de um questionamento dentro do seio humanista que indagava a incompletude das teorias até então vigentes. Sobre o enfoque transpessoal a educação deveria possibilitar a formação do ser de forma integral, ocorrendo a comunicação entre a ciência e a espiritualidade contribuindo assim para o desenvolvimento do ser humano completo, o que caracteriza a educação holística. A educação integral deve possibilitar o autoconhecimento para a descoberta das dimensões transpessoais, deve também propiciar uma integração entre as diferentes áreas de conhecimento através da inter e transdicisplinaridade oportunizando a aproximação efetiva do aluno com questões próximas a suas vivencias e aos conhecimentos propostos. Educar é visto como conduzir o que esta dentro do educando para fora, para que este possa se auto reconhecer e conhecer. Sendo necessário que o educador possibilite ao educando uma maior descoberta da sua própria natureza humana. Ser educado não quer dizer ter bons modos sociais, mas sim ter em si os verdadeiros valores da natureza humana, a verdade, a justiça, amor e solidariedade. Postula que o professor deve ter um melhor auto conhecimento de suas dimensões pessoais e transpessoais, pois assim estimulara o individuo no seu desenvolvimento integral. Assim o educador deverá dar uma maior importância ao autoconhecimento e ao trabalho interno sobre si mesmo, o que possibilita uma melhor condução de sua prática. O verdadeiro educador seria uma pessoa verdadeira e honesta consigo mesma, empenhada em sua auto realização.
A educação transpessoal reconhece que embora o sujeito receba influências do meio não é moldado por ele, sendo que a educação só será possível efetivamente quando o aluno percebe o estímulo como significativo no seu processo evolutivo, ou seja, contextualizável com sua realidade. Admiti que o aprender não significa ser instruído por agentes externos e também que a aprendizagem não pode ser compreendida como internalização de representações, mas sim que as mudanças ocorridas no organismo são provenientes de um contato próximo da própria estrutura do sujeito com o meio. O que quer dizer que o desenvolvimento psicológico dos indivíduos é também um processo de autocondução e autoconstrução, uma vez que a intencionalidade destes contatos é diferente de acordo a percepção de cada um. Sendo assim, cada organismo se torna diferente do outro ao longo do tempo, caracterizado pelo caminho único e individual pelo qual passou durante seu processo desenvolvimentístico. O que demonstra a importância de conhecer a historicidade do individuo, suas crenças, aquilo que durante sua trajetória social incorporou – se na sua personalidade, para daí ativar seu potencial latente e estimular o seu processo evolutivo. Tal atitude contribui para uma melhor aprendizagem do conteúdo passado e à própria evolução do individuo. Pois cada vez que o aluno responde as influências do meio em contato com as suas questões internas, ocorrerão alterações no seu comportamento que influenciaram sua contínua evolução.
REFERÊNCIAS


BERGER, Maria Virgínia Bernardi. Educação Transpessoal: integrando o saber ao ser no processo educativo. 2001. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo.

FURLAN, Vera Irma. Uma nova suavidade e profundidade... o despertar transpessoal e a (re) educação. 1998. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo.