quinta-feira, 29 de abril de 2010

Exemplo de extrutura de monografia

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

UNIDADE SÃO GABRIEL

Instituto de Psicologia

TÍTULO

Nome completo

Belo Horizonte

2010

Nome completo

TÍTULO

Monografia apresentada ao Programa de Graduação do Instituto de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Psicóloga.

Orientador:

Belo Horizonte

2010

  • Exemplo de ficha catalográfica, que deve conter o código de catalogação anglo americano.

· Deve ser impressa no verso da folha de rosto

Nome completo

TÍTULO

Monografia apresentada ao Programa de Graduação do Instituto de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Psicóloga.

Fulano de tal (Orientador) PUC Minas

Ciclano de tal (Banca) PUC Minas

Belgrano de tal (Banca) PUC Minas

Belo Horizonte, data da defesa.

Dedicatória (se quiser)

.

AGRADECIMENTOS


Epígrafe (se quiser)

RESUMO

Palavras-chave:

ABSTRACT

Key-words:

LISTA DE ABREVIATURAS

LISTA DE SIGLAS

SUMÁRIO (exemplo)

Capítulos em nºs romanos

Títulos em maiúsculo (cx alta) e sub-títulos só as iniciais


INTRODUÇÃO (mudar para primeira pessoa)( evitar citações. É mais para apresentar a minha pesquisa) Parte essencial em que é apresentado o assunto, delimitado o tema, analisada a problemática, definidos os conceitos e especificados os termos adotados (situar o leitor a respeito do que ele vai ler) 14

APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 20

REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 20

MINAYO,M. C. S. et al. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 21ª Ed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2002............................................................................................................................ 21







Tema:

Objeto de estudo:

Sujeitos de pesquisa:

Problema:

Objetivo geral: (indicação do que se pretende alcançar com a pesquisa e das metas que devem ser atingidas)

Objetivos Específicos: ( verificar, definir, discutir, compreender, contribuir...)

Justificativa (porque a escolha do tema e pq minha pesquisa é importante para a academia, para a ciência e para a sociedade)

INTRODUÇÃO ( evitar citações. É mais para apresentar a minha pesquisa) Parte essencial em que é apresentado o assunto, delimitado o tema, analisada a problemática, definidos os conceitos e especificados os termos adotados (situar o leitor a respeito do que ele vai ler)

Tópico frasal: tema+assunto+objetivo

MARCO TEÓRICO (escrever sobre aquilo que se propõe a escrever. Ater-se à delimitação do tema) (apresentação e discussão das opiniões dos autores consultados sobre o tema a ser estudado) ( introduzir bem os capítulos e cada um deve conter os componentes básicos de uma redação. Introduzir sempre as opiniões dos teóricos. Não entrar direto assim: “segundo fulano”, “ de acordo com pampampam”...)

Capítulos (introduzir bem cada capítulo. Todos devem conter os componentes básicos de uma redação: introdução contendo o tópico frasal = tema + assunto + objetivo / desenvolvimento / conclusão.

Cronograma - 2009/2010:


CONSIDERAÇÕES FINAIS (parte mais importante do TCC, onde vou retomar o tema e responder a pergunta da pesquisa, lembrando sempre de cumprir o que foi proposto a pesquisar)

REFERÊNCIAS


ANEXOS (produções próprias)


APÊNDICES (produções alheias)


segunda-feira, 22 de março de 2010

8 Maneiras de irritar um psicólogo

Quando for às consultas com seu psicólogo e estiver com vontade de incomodá-lo, use estas técnicas:

1 - Diga que ouve vozes (com uma cara séria). Quando lhe perguntarem o motivo ou quando isso acontece, diga: "Toda vez que eu atendo ao telefone".

2 - Quando for à sua primeira consulta diga que não possui problema algum e que seus amigos fadas e duendes até o aconselharam a nem ir nessa consulta.

3 - Após solucionar um caso e encontrarem uma solução, diga que agora está tudo bem, então vire-se para o lado e diga: "Tudo resolvido, certo Frank?". Insista que esta pessoa existe.

4 - Diga que vê pessoas mortas, caso pedirem-lhe um exemplo , diga: "Ontem por exemplo, quando fui ao enterro do meu tio avô Ernesto". (tia, tia avó, primo, quem você quiser matar.)

5 - Invente palavras malucas e ao conversar com seu psicólogo, use-as em vez de seu vocabulário normal. Exemplo: "Ontem eu estava tão gnork que splotrok".

6 - Caso você for adolescente, diga estar achando virar um alienígena, porque pontinhos verdes aparecem do nada em seu rosto.

7 - Com feição de paranóico e assustado diga coisas do tipo: "Ele virá me pegar". Quando lhe perguntarem quem, diga: "Meu pai depois da consulta". (Se quiser coloque as frases no plural).


8 - Tire fotos fingindo estar abraçando alguém ou fingindo que está com alguém e mostre as fotos ao seu psicólogo, dizendo os nomes dos seus amigos "invisíveis".

sexta-feira, 19 de março de 2010

Resumo para Avaliação I de Terapia Comportamental

Capítulo 2

Behaviorismo Radical e Prática Clínica

Behaviorismo Radical é ≠ Behaviorismo Metodológico. Quase um século separa um do outro.
BEHAVIORISMO METODOLÓGICO
Watsoniano ou estímulo-resposta;
Natureza dualista (considera a mente como objeto de pesquisa);
Determinista causal;
Positivista;
Mentalista (sem considerar a mente, pois o foco é a cognição);
A maior falha foi querer generalizar todo comportamento em comportamento reflexo;
não considerava os fenômenos encobertos publicamente (emoção, percepção, pensamento);
Foi considerado artificial e simplista;
Sua importância é histórica, pois foi um marco na transição da ciência moderna (final do Séc. XIX) para a contemporânea (início do Séc. XX);
A Psicologia era um conhecimento novo nos Séc. XVIII-XIX, considerada filha da Filosofia, que era introspectiva;
Para ser considerado ciência, tinha que ser experimental nos parâmetros científicos (objeto, método...);
O Behaviorismo Metodológico não existe mais.

BEHAVIORISMO RADICAL

Skinneriano;
Natureza monista (só o fora);
Materialista, no sentido de tudo que existe, só existe em um tempo e em um espaço;
Funcionalista;
Não considera o subjetivismo;
Determinismo probabilístico;
Investiga como o organismo funciona e não as causas. É multicausal.
As técnicas podem até se misturarem entre Humanistas e Behavioristas, mas as epistemologias não;
Não existe livre arbítrio;
Para os Humanistas, a escolha é a causa da ação. Para os Behavioristas, a escolha já é a ação;
O comportamento é determinado por uma rede de variáveis ambientais e acontece em função das contingências filogenéticas, ontogenéticas e culturais.

Terapia Comportamental ≠ Psicologia Cognitiva ≠ Psicoterapia Cognitivo-Comportamental.
TERAPIA COMPORTAMENTAL
Behaviorismo Radical;
Análise Experimental do Comportamento;
Foco na interação entre o organismo e o meio (se o comportamento mudar, muda internamente);
Natureza monista
Antimentalista;
Cognição é comportamento e não mediador.

PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Psicologia Cognitiva;
Dualista;
Mentalista;
Foco no mundo privado;
Mente é uma coisa e corpo é outro.

O primeiro texto que Skinner apresentou ao Behaviorismo Radical foi: “A Análise Operacional de Termos Psicológicos” (1930).
O Behaviorismo Radical só é formalizado em 1950.
Contingências = relações de dependência entre comportamentos e eventos.
Metacontingência = uma contingência incidindo sobre outra.
Variáveis independentes = contingências ambientais.
Variáveis dependentes = comportamentos.
Pensamento = comportamento cognitivo.
Comportamento = interação do organismo com o ambiente.
Ambiente = o que é externo ao comportamento a ser analisado.
O desenvolvimento da psicologia cognitiva deu um empurrãozinho nos modificadores do comportamento para observarem a cognição também, e não apenas os comportamentos publicamente observáveis.
Na análise funcional é importante investigar autoestima, autoconfiança, assertividade etc.
A análise molar considera o contexto (é mais eficiente).
Análise molecular desconhece o contexto (mais propensa a falhar).
Molar = considera o indivíduo como um todo. É a unidade.
Molecular = comportamentos descontextualizados.
Não há restrição de casos para a Análise do Comportamento.
Não dispensa técnicas de outras abordagens e intervenções medicamentosas.
Considera cada cliente como único no mundo.
Os fatores que determinam o comportamento dos indivíduos são:
1.FILOGENIA = espécie – organismo.
2.ONTOGENIA = história de vida – pessoa.
3.CULTURA = aqui e agora – eu.
Capítulo 4
Relação Terapêutica Sob a Perspectiva Analítico-Comportamental

REFORÇO ARBITRÁRIO

Estímulo acoplado à contingência.
Vem de fora.
É um arranjo.
Tem vida curta, pouco durável para sustentar o comportamento.
O comportamento que depende do reforço arbitrário tende a enfraquecer na ausência de reforço.
É dirigido a um comportamento específico.
Usado principalmente no início do tratamento quando o comportamento precisa acontecer e continuar acontecendo ainda que com dificuldade.
Às vezes torna-se mais interessante para quem libera o reforço do que para quem se comporta, por isso o terapeuta deve se atentar muito ao próprio comportamento.
REFORÇO NATURAL

Reforço intrínseco à relação com o ambiente.
É espontâneo.
Fortalece uma classe mais ampla de comportamentos, além daquele especificamente desejado.

A relação terapêutica é um instrumento de mudança.
Freud observou e descreveu uma contingência muito importante para o comportamento = a tríade: pai/mãe/filha ou filho (a relação)
O terapeuta é fonte de reforço.
O reforçamento é um importante instrumento de intervenção usado para modelar novos repertórios comportamentais.
As reações do terapeuta devem ser espontâneas e gerar reforçamento natural.
Ambos os reforçamentos são importantes na intervenção, a diferença é que o reforço arbitrário é artificial e o reforço natural é intrínseco à interação com o ambiente.
A terapia em si é uma relação artificial. Não acontece espontaneamente na vida. É uma relação entre 2 ou mais pessoas humanas, por via de contrato de prestação de serviço.
O terapeuta vai selecionar comportamentos a serem reforçados, elogiados...
Ser assertivo não é só saber dizer não, mas expressar as opiniões devidamente também, por exemplo.
Mudanças geralmente causam incômodos nos outros. O comportamento modelado por reforçamento arbitrário é fácil de ser enfraquecido porque a pessoa é muito punida em seu ambiente natural.
O “pulo do gato” do terapeuta é trabalhar com o cliente de forma que este consiga substituir os reforços arbitrários pelos naturais.
Dessensibilização sistemática = perder o medo de avião em pouco tempo, por exemplo.
Pânico = medo de sentir medo. É uma variação do transtorno de ansiedade. Uma intervenção necessária é que o cliente aprende a lidar com a ansiedade.
Intervenção paradoxal = tarefas que o terapeuta dá para não ser cumprida mesmo. Ex.: a cliente se cutuca muito e vc manda ela cutucar-se mais ainda. (em casos assim, a cliente sentia-se ansiosa porque não conseguia parar de cutucar-se, mas quando mandada cutucar-se ainda mais, ela fica menos ansiosa porque esta regra ela consegue cumprir).
CRB = comportamentos clinicamente relevantes:
1.CRB1 = deve reduzir a frequência (reforço arbitrário).
2.CRB2 = deve aumentar a frequência (reforço natural).
3.CRB3 = autoconhecimento.

As 5 regras da FAP (Psicoterapia Analítica Funcional):
Observar e identificar os CRBs do cliente;
1.Evocar CRBs;
2.Reforçar CRBs2;
3.Observar os resultados obtidos com o reforçamentos;
4.Fornecer interpretações das variáveis que afetam o comportamento do cliente.
Os sete comportamentos que o terapeuta pode utilizar na clínica para reforçar os CRBs2 de seus cliente:
1.Reforçar uma classe ampla de comportamentos do cliente;
2.Compatibilizar as expectativas do terapeuta com os repertórios atuais do cliente;
3.Ampliar os sentimentos do terapeuta para torná-los mais salientes;
4.Ter ciência que a relação terapeuta-cliente é para benefício do cliente;
5.Usar reforçadores arbitrários só até os reforçadores naturais assumirem o controle;
6.Evitar a punição; e
7.Ser vc mesmo.

Comportamento multideterminado (Skinner ampliou o modelo selecionista para a ontogenia e o aqui e agora.):

* FILOGENÉTICA: características genéticas, anatômicas, fisiológicas e reflexos incondicionados (inatos);

* ONTOGENÉTICA: história de vida do indivíduo, vivências adaptativas no ambiente;

* CULTURA: novos padrões comportamentais, através da linguagem.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

DICAS PARA UMA BOA REDAÇÃO (adaptado)

• Vc. deve evitar abrev., etc.
• Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado, segundo deve ser do conhecimento inexorável dos copidesques. Tal prática advém de esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico.
• Anule aliterações altamente abusivas.
• “não esqueça das maiúsculas”, como já dizia dona luzia, minha professora lá no colégio antônia ferreira, no são joão batista.
• Evite chavões assim como o diabo foge da cruz.
• O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
• Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
• Chute o balde no emprego de gíria, mesmo que sejam maneiras... tá ligado?
• Palavras de baixo calão podem transformar seu texto numa merda.
• Nunca generalize: generalizar, em todas as situações, sempre é um erro.
• Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
• Não abuse das citações. Como costuma dizer meu amigo: “Quem cita os outros não tem idéias próprias”.
• Frases incompletas podem causar
• Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não fique repetindo a mesma idéia.
• Seja mais ou menos específico.
• Frases com apenas uma palavra? Jamais!
• A voz passiva deve ser evitada.
• Use a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém sabe mais usar o sinal de interrogação
• Quem precisa de perguntas retóricas?
• Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.
• Exagerar é cem bilhões de vezes pior do que a moderação.
• Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei!”
• Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
• Não abuse das exclamações! Nunca! Seu texto fica horrível! Sério!!!
• Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da idéia contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçando, desta forma, o pobre leitor a separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
• Cuidado com a hortographia, para não deturpar a língüa portuguêza.
• Seja incisivo e coerente, ou não.”
JORNAL CARREIRA & SUCESSO - 12 de junho de 2000 - 34ª. EDIÇÃO

sábado, 5 de dezembro de 2009

TEORIAS E PRÁTICAS PSICOTERÁPICAS

TEORIAS E PRÁTICAS PSICOTERÁPICAS
RESUMO GERAL

10/08/2009
Perguntas da Fenomenologia:
Como?
Quando?
Para quê?
Obs.: a pergunta “por que” é da Psicanálise ou da Psicodinâmica (Freud, Lacan e Jung).

Alguns comentários na aula:

Os psicólogos fenomenológicos descrevem. Os psicodinâmicos interpretam.
Os objetivos básicos da clínica são: menos sofrimento e mais crescimento (capacidade individual).
Movimento estereotipado = aquele que gasta mais energia do que precisa.

Teoria Analítica Junguiana

Tipos de ego em Jung:

1. Rígido: não escuta o ics
2. Frágil: escuta demais o ics
3. Saudável (fortalecido): ouve o ics, mas faz a escolha

Conceitos Importantes:

Numem = quantum de energia em Jung.
Holístico = sistêmico. Muda-se para um, muda para todos.
Personalidade: ego + ics coletivo + ics individual (persona + anima/animus + sombra – estes são do inconsciente coletivo).
Ego: Cs.
Self: personalidade plenamente desenvolvida e unificada. O principal símbolo do self é a mandala ou círculo mágico. A maior descoberta de Jung é o conceito de self.
Ics coletivo: é universal. É muito voltado para o primitivo
Ics individual: é formado pelo depósito das experiências de tudo o que aconteceu com a pessoa.
Todo mito é um arquétipo. Só se faz presente quando uma situação chama por ele.
Arquétipo ou ics coletivo = é uma imagem carregada de energia que tem início, meio e fim. É mais primitivo que complexo. Ele aparece na vida da pessoa quando uma situação ambiental chama por ele. É formado pelo depósito de todas as experiências de todos os seres humanos.
Complexo = idéia carregada de energia boa ou ruim que não foi metabolizada. Este conceito é compartilhado para Freud e Jung.
Solução Homeostática = melhor solução que busque o equilíbrio. Homeostase através da compensação.

Alguns comentários na aula:

O ics junguiano manda recados.
Para Jung saúde é sinal de equilíbrio.
Todo conhecimento é parte do sujeito e parte do objeto.
Jung teve como base para a sua teoria, pacientes psiquiátricos.
Para Carl Gustav Jung a religião é essencial para a vida.
Para Jung a personalidade é construída ao longo da existência.
Para Jung toda energia é orgânica.
Para Jung todos os arquétipos são homeostáticos e compensatórios.
Trauma é algo muito forte que não se consegue elaborar. Seja coisa boa ou ruim. A energia fica fixada.
Sonho para a Teoria Analítica Junguiana é recado do ics.
O ics busca equilíbrio orgânico “mandando recados”.


Psicanálise

O ics freudiano realiza desejo.
Psicanálise do ego, Neo Psicanálise e Psicanálise dinâmica ou Psicodinâmica é a mesma coisa. A Psicanálise clássica é diferente das citadas.
Freud teve como base para a sua teoria, adultos neuróticos.
Para Freud, saúde é a capacidade de amar e trabalhar.
Para Freud a religião é uma alucinação coletiva. E toda alucinação é patológica.
Para Freud a personalidade forma na infância.
Para Freud toda energia é sexual.
Pulsão não é mental, é biológica. (na verdade parte do biológico para o psíquico)
Quando o desejo é oposto à vontade, apresenta-se através de ato falho, chiste e sonho.
Sonho para a Psicanálise é realização de desejo.
O ics é amoral, não tem julgamento de valor.
Não existe esquecimento. É ato falho.
Todo desejo tem uma representação (imagem) e um afeto (emoção ou sentimento). No deslocamento, a pulsão sexual é direcionada para um ou o outro.
A Psicanálise parte da premissa que o ics de todas as pessoas funciona da mesma forma, o que muda é o conteúdo. Por isso que o psicanalista pode interpretar.
Função paterna = remete à castração.
Função materna = remete a acolhimento.
Tudo o que não se consegue metabolizar, cria complexo, seja a falta ou o excesso.
A ética na Psicanálise é a ética do desejo. Não me submeto no desejo do psicanalista e ele não se submete ao meu desejo. Qualquer postura de dominação não é ética em Psicanálise.

Fases Psicossexuais::

1. Oral (passiva e agressiva): morder, por na boca, conhecer o mundo com a boca.
2. Anal: controle de soltar ou reter. Ex. guardar ou não dinheiro, segredo, informação.
3. Fálica: a criança descobre se tem ou não tem pinto. O prazer é autoerótico e só nos genitais
... Édipo/Electra...:
4. Latência:
5. Genital: não é mais autoerótica. As principais diferenças desta fase para a fálica são: Capacidade reprodutiva/O prazer é no corpo todo e não só nos genitais/Vê o outro como pessoa e não como objeto.

Temos um pouco de libido fixada em cada fase.
O primeiro amor da mulher é homossexual pela mãe, depois que troca de objeto.
A amizade é uma pseudo sublimação pq tem um interesse sexual.

Estruturas:

Psicose: não reconhece a lei porque não passou pela castração (forclusão).
Freud nunca atendeu o pequeno Hans, o pai dele que era atendido.
Neurose: a culpa é o que marca a neurose. Se sentir culpado está fora das estruturas psicótica e perversa. O neurótico sente culpa até do que não fez. Para Freud a culpa é saudável.
Perversão: conhece a lei, mas burla-a. O perverso tem medo da punição e esta é uma forma de tratá-lo, incutindo medo. O psicopata “fere” as pessoas. O sociopata “fere” as regras sociais.
Mecanismos de Defesa:
1. Atuação = colocar o desejo para funcionar, sem avaliar. Ex. tá com raiva de si mesmo e corta os pulsos. Outro ex. mandar o analista tomar naquele lugar.
2. Formação Reativa = fugir do próprio desejo fazendo o oposto. Ex. o cara gosta de gays e diz: _ odeio gays”
3. Introjeção
4. Negação (ab-negação) = não perceber algo de si. Falta de disconfiômetro. Não perceber algo nos outros com relação a si.
5. Projeção
6. Racionalização = é diferente de mentira. A pessoa cria uma desculpa para tamponar a falha ou o desejo que não realizou. Ex. ele me deixou pq não me merecia.
7. Recalque = o ego nunca viu o conteúdo.
8. Regressão = quando nasce um irmãozinho, a criança volta a fazer xixi na cama.
9. Repressão = o ego já viu o conteúdo, mas esqueceu. Ex. abuso sexual na infância. Já houve uma experiência.
10. Sublimação = usar a libido em qualquer atividade que não seja sexual. Ex. arte.
Técnicas Psicanalíticas:
1. Devolução da Pergunta = não se responde nenhuma pergunta pessoal em Psicanálise. Ex. se o cliente perguntar se vc é casado, devolva assim: que importância tem pra vc se eu sou casado?
2. Escuta flutuante = não presta atenção querendo escutar, mas nas pistas (imagens e afetos que surgem) e intervém na hora certa, qdo algo de significativo surge.
3. Associação Livre = não linear, não precisa ter nexo. Um símbolo remete a outro símbolo.
4. Interpretação: interpretação e pontuação têm um sentido amplo e um sentido restrito. Qdo usados como téc. estão no sentido restrito. Deve-se conciliar pelo menos duas partes para interpretar:

Vida Atual




Vida Pregressa (infância) Relação Transferencial
Sonho: O sonho não é aleatório. É preciso “conhecer” os desejos não realizados do cliente para poder interpretar o sonho. Não dá para interpretar pela universalidade, como em Jung.
5. Manejo do Silêncio
6. Manejo do Tempo (Freud e Lacan) = em Freud é começar e terminar a sessão no horário combinado. Quem não obedece à regra é perverso. Em Lacan não é cronológico. É o tempo ics, ou seja, enquanto não surgir algo do ics, não encerra a sessão. É o tempo lógico.
7. Pontuação = o significado está escondido no significante. Parte do pressuposto de Lacan que na linguagem o ics se estrutura. (O analista se atem a pontos-chaves da fala e busca implicar o cliente neles. Isto é pontuação no sentido amplo) Ex. a analisanda diz: depois (pois dê) que me separei (se/parei) de fulano, danei a comer biscoito (coito bis – o próprio biscoito é um símbolo fálico). O analista interpreta e pontua a resistência também. Ex. se o cliente disser: “vc só me atendeu 5 min”, o analista diz: “vc está me cobrando como se cobrasse de sua mãe, tchau e volte na semana que vem”.

O que está em evidência na relação direta do analisando com o analista é o que está evidente em sua vida nas outras relações.
O psicanalista clássico não é dialógico, só abre a boca para interpretar e pontuar.
Depois que se estabelece a transferência e pára de “fazer fofoca”, ou seja, passa a falar apenas de si mesmo e começa a associar livremente, já pode deitar no divã.
A ansiedade faz a análise ser produtiva.

Melanie Klein

Melanie Klein dizia que há uma escolha objetal primitiva antes da escolha edípica. A criança desiste da escolha edípica não só por medo da castração, mas por amor ao pai (menino) ou à mãe (menina).
Para M. Klein apenas a culpa não garante a saúde mental. A pessoa tem que sentir-se mal com a culpa e realizar um ato concreto de reparação para ter saúde.
Na Psicanálise kleiniana há a possibilidade do sujeito deixar de ser psicótico na análise porque se ele foi castrado no Édipo primitivo e não no freudiano, pode retomar a 1ª castração.
M. Klein não usa o conceito freudiano de estruturas e acredita numa maneira nova de funcionar.
Possibilidade é diferente de probabilidade.


DEFESAS BEM MAL
Histeria Fora Dentro
Paranóica Dentro Fora
Obsessiva Dentro Dentro
Fóbica Fora Fora

M. KLEIN FREUD
Crianças Adulto
Amor Medo
Reparação Culpa
Posição Estrutura

Fenomenologia
Gestalt-terapia e Terapia Centrada na Pessoa (TCP) ou Humanismo rogeriano

Ics em Gestalt é falta de ciência, alienação.
A intencionalidade está na ação e não na cabeça.
Sempre quando falar de mim ou de minha opinião, devo perguntar ao cliente o que ele sente sobre o que falei.
Uma escolha saudável não gera culpa, ansiedade e intui as possíveis conseqüências.
Em Fenomenologia não existe essência da coisa, só do fenômeno.
A essência do fenômeno é relacional. Não misturar com Sartre. “ A existência precede a essência”.
Individualismo é diferente de egoísmo, no sentido filosófico.
Existem 4 sentimentos básicos para a Gestalt e para ser normal tem que explodir das 4 maneiras: felicidade (riso), tristeza (choro), raiva (agressão=usar a energia para mostrar seu lugar no mundo) e prazer (gozo. Não precisa ser sexual).
O ser humano possui 4 bases: biológica, cultural, espiritual (valores e sentido da vida) e mental (desejos e racionalidade).
O ser humano é um processo, tanto na direção da saúde, quanto na direção da doença. Não existem estruturas. Não há determinismos.
Para Victor Frankl só traz sentido o que é autotranscendente, ou seja, a pessoa deve abandonar-se em detrimento de algo ou alguém.
Existem 4 maneiras possíveis de encontrar sentido para FRANKL: religiosidade (é diferente de religião, pode estar junto ou não), trabalho, amor e sofrimento autotranscendentes.
O ser humano é livre e responsável, holista, autopoiético e buscar por sentido.
Em Fenomenologia a pessoa não reage a mim, mas à relação comigo. Na relação eu-tu o hífen é o mais importante porque simboliza a relação.
Quanto mais forte estiver o cliente, mais eu posso confrontá-lo e quanto mais frágil, mais eu devo acolhê-lo.
O cliente precisa conhecer, aceitar e expressar os próprios sentimentos.
Homossexualismo egodistônico é problema porque a pessoa é e não se aceita. Pode aceitar (mais comum) ou mudar o objeto.
Em Fenomenologia neurose é sinônimo de patologia, doença.
Utiliza-se os conceitos de saudável e neurótico, como padrões de funcionamento. A pessoa pode ser ora um, ora outro.
Alguns teóricos usam três categorias:
1. Neurótico = dá mta atenção pra sociedade e pouca pra si.
2. Antissocial = se dá mta atenção e pouca para a sociedade.
3. Saudável = trata igualmente os campos fenomênicos interno e externo.
Escolha Saudável = não causa ansiedade, nem culpa e a pessoa é capaz de considerar as possíveis conseqüências. Se escolher para o outro, já é uma escolha neurótica a priori. Ex. a mulher trai o marido e não usa preservativo. A escolha saudável, considera a si e o outro.
A pessoa saudável mantém um padrão aprox. de 80% de saúde, o terapeuta deve ter um padrão de 90% para dar conta de auxiliar o outro.
Ansiedade em Fenomenologia = medo projetado no futuro.




14/10/2009
Método Fenomenológico:

1. Epoché: Suspender o juízo de valor.
2. Redução Eidética: descrever o que vê.
3. Redução Transcendental: procurar algo humano no fenômeno.
4. Hermenêutica Compreensiva: dar sentido a algo. Pedir ao cliente o significado.

Patologias:

1. Neurose (antissocial)
2. Alienação
3. Juízo de Valor

Técnicas Fenomenológicas:

1. Ampliação (só para quem está forte e agüenta confronto): além de ampliar, deve-se estereotipar. Exagerar no que o cliente traz. Ex. da porca gorda.
2. Constelação = parte-se do princípio da comunicação energética ou da comunicação ics/ics. Os participantes sabem reagir conforme os participantes reais. É como o psicodrama, mas o sujeito não dirige os outros participantes.
3. Derreflexão = O objetivo é eliminar a ansiedade secundária e trazer algo transcendente. A pessoa tem que abandonar a postura egocêntrica e assumir uma atitude autotranscendente. Concentrar no que existe de autotranscendente na conduta do cliente. Ex. se a pessoa tem vergonha de apresentar trabalho, basta pensar que vai ser útil para ensinar algo pra turma. Outro ex. é a disfunção sexual neurótica, ou seja, brochar por medo de brochar. É só concentrar no prazer do outro que resolve.
4. Espelhamento corporal = repetir o movimento ou postura corporal do cliente para desalienar.
5. Espelhamento Rogeriano ou verbal = o terapeuta aponta o que é central na fala da pessoa. Convém mais à TCP (Terapia Centrada na Pessoa), que nas outras abordagens fenomenológicas.
6. Feedback corporal = descrever, sem fantasiar, o que vc percebe no cliente.
7. Focalização = faz a pessoa entrar em contato consigo mesma de forma genuína e autêntica e naturalmente ela começa a metabolizar o autoconhecimento. Aceitar o que vc é hj. A pessoa deve focalizar no que é para metabolizar o sentimento.
8. Hermenêutica
9. Imaginação de vivências = leva a pessoa a imaginar como seria a experiência real para perceber se gosta ou não.
10. Intenção Paradoxal = o terapeuta propõe eliminar o medo secundário e exteriorizar o medo primário, rindo de vc mesmo. Ex. só qdo aparecer a barata ou o obj. do medo.
11. Monodrama
12. Polaridade ou Cadeira Vazia = é um monodrama. Lembrar do exemplo do médico que tinha que escolher entre casar, cuidar do pai doente ou aceitar uma proposta de trabalho para o Pará. O terapeuta coloca 3 cadeiras e cada hora o cliente senta em uma para tentar convencer as outras duas.
13. Presentificação = trazer situações do passado ou do futuro para o aqui-agora e perguntar como a pessoa sente-se.
14. Psicodrama = o sujeito central é o diretor. Ele que escolhe os papéis. É em grupo. Funciona como a cadeira vazia e o cliente escolhe quais pessoas do grupo vão ocupar as cadeiras.
15. Relação dialógica direta = o terapeuta fala o que sente ou como o corpo reage ou uma memória (fala de si e não do outro) e pergunta como o cliente se sente ao saber do que ele disse.

Relação terapauta-terapeutizando:

1. Aceitação incondicional = vale para o terapeuta e seu cliente. Aceitar os próprios sentimentos e os do terapeutizando (tudo, não só o sentimento)
2. Contatos regulados por ética (individual) e não moral (societária) = não trabalha a moral, mas a ética.
3. Empatia (Até existe transferência em Fenomenologia, mas o cliente não projeta o sentimento como se fosse um outro. É o terapeuta mesmo ou Entropia (usar o meu tesão para entender o tesão do cliente. É diferente de empatia (sentir com), que só considera o tesão do cliente.)
4. Eu-tu (prioritariamente)
5. Genuinidade = falar de si, demonstrar os seus sentimentos.
6. Horizontalidade = significa que deve haver a mínima diferença hierárquica possível entre o cliente e o terapeuta. É parecida com a relação eu-tu.
7. Relação Dialógica = o foco é na relação com o cliente e não o cliente.
8. Simpatia (posturas acolhedoras) e Antipatia (posturas confrontadoras)

Em Fenomenologia a relação terapêutica é mais importante que qualquer técnica.
O terapeuta para Rogers tem que ter genuinidade, aceitação incondicional e empatia ( entropia em gestalt).
Concordar é o mesmo que “eu faria igual”.
Aceitar é respeitar a escolha do outro.

26/10/2009
Contatos:

Todo contato acontece na fronteira, mas é percebido subjetivamente e a percepção pode ser na fronteira, dentro ou fora dela.
Fronteira = espaço de contato entre vc e o outro, entre o mundo interno e o externo, entre o indivíduo e o ambiente.
Contato dentro da fronteira
Os contatos são saudáveis, rotineiros, não geram aprendizagem de novos padrões comportamentais, não causa culpa, ansiedade e banca as possíveis conseqüências.
Contatos na fronteira:
Gera aumento da energia interna, o que os americanos chamam de exciment, ou ansiedade boa.
Contatos fora da fronteira:
Não significa sofrimento. Sofrimento é vida.
É tão agressivo que a pessoa não dá conta de assimilá-lo, gerando regressão, desaprendizagem.
É um contato neurótico porque a pessoa não banca as possíveis conseqüências.
A regressão é o que marca o contato fora da fronteira.

Alguns comentários na aula:

Drive = impulso, instinto, em Fenomenologia.
A pessoa controla o drive, não controla é o ato.
Sempre que o cliente estiver no mundo das idéias, temos que trazê-lo para uma experiência concreta. Ex. - Sou ciumenta!
- Como é sentir ciúme para vc?
Na relação terapêutica todos crescem.
É possível ser um bom terapeuta sem usar técnicas.
Segundo Rogers, um bom terapeuta tem genuinidade, aceitação incondicional e empatia.
É necessário assumir a responsabilidade pelos próprios sentimentos e não transferir a culpa. Ex.: quando vc disse isso eu fiquei puta e não pq vc disse isso eu fiquei puta.
Em Fenomenologia o terapeutizando pode saber sobre o terapeuta. Não tem problema se não houver mistura.
Sempre que falar de si, tem que perguntar como a pessoa se sente ao ouvir.

28/10/2009

A Fenomenologia considera 4 sentimentos básicos: alegria, tristeza, raiva e prazer sexual. Alguns teóricos consideram a dor também. Isso para qualquer ser humano em qualquer cultura.
Em Fenomenologia as perguntas diretas respondemos, as manipulativas, cortamos.

09/11/2009
Mecanismos Neuróticos:

1. Confluência = evita o conflito igualando-se ao outro ou o igualando a si. É por identificação.
2. Deflexão = ou joga no objeto errado (deflexão objetal), ou joga no objeto certo de modo errado (deflexão modal). A deflexão serve para diminuir a energia do sistema. Ex. chorar de raiva.
3. Introjeção = pega-se do ambiente ou de pessoas significativas, idéias e/ou valores, sem avaliar se serve ou não para si. Tem a ver com idéia de juízos de valores. É automático.
4. Projeção = a pessoa é alienada ou percebe e não aceita certa característica sua e a atribui a outro. Ex. Jogar em outro o medo que é seu. É sempre por diferença, já a confluência é por identificação
5. Retroflexão = a pessoa deveria direcionar a energia dela para o campo fenomênico externo, mas não consegue e direciona para o interno.
Obs.: sempre que der exemplo de retroflexão, deve-se explicitar o objeto certo da energia.

Alguns comentários na aula:

Assimilação = aprendizagem saudável, escolha de vida.
Oligofrênicos (déficit intelectual) e autistas não adianta fazer terapia Gestalt.

Referência:

KAITEL, Alexandre Frank. Aulas expositivas de Teorias e Práticas Psicoterápicas, BH, Ago a Nov/2009.